Discipulado e missão: duas faces da mesma moeda Uma das passagens mais marcantes do Evangelho para mim é aquela sobre o cego de Jericó, na qual vemos um caminho de construção de um novo homem. De um lado, a cegueira, mendicância, o estar à beira do caminho e, talvez, uma acomodação ou falsa segurança representadas pelo seu manto. Depois, uma transformação expressa em uma sequência de ações: a súplica, o grito por cura, o lançar fora a capa, o erguer-se e dar um salto até a direção de Jesus. Por fim, além de recuperar a vista, passou a seguir o Messias. Leiamos na íntegra esse trecho do Evangelho segundo São Marco: “Chegaram a Jericó. Ao sair dali Jesus, seus discípulos e numerosa multidão, estava sentado à beira do caminho, mendigando, Bartimeu, que era cego, filho de Timeu. Sabendo que era Jesus de Nazaré, começou a gritar: “Jesus, filho de Davi, tem compaixão de mim!”. Muitos o repreendiam, para que se calasse, mas ele gritava ainda mais alto: “Filho de Davi, tem compaixão de mim!”